OTÁVIO CAMPOS

Talvez você já tenha ouvido estas objeções contra a teologia: não é espiritual, é apenas “letra”, enfadonha e irrelevante para o culto cristão. Entretanto, não há alternativa para a teologia, ela é inevitável, principalmente no quesito: culto ao Senhor. A teologia é importante para todas as áreas da vida, mas gostaria de delimitar o assunto, concentrando-me apenas na importância da teologia para o culto público cristão. E, quando digo teologia ( teo-logia) , estou me referindo ao conjunto de verdades divinas reveladas, unicamente, nas Escrituras Sagradas. Sem mais, segue sete razões que comprovam que a teologia é importante para o culto público cristão, vejamos: 1. A teologia norteia a liturgia. A liturgia do culto cristão não é feita de qualquer jeito, as escolhas dos textos bíblicos não são aleatórias, as canções não são escolhidas fortuitamente. A liturgia é feita com um propósito teológico bem definido, relacionando tais elementos: leitura bíblica, orações, pregação das ...

O cristianismo de muitos tem sido subvertido pelas ideologias políticas e partidárias. Infelizmente, em nossos dias, muitos cristãos trocaram a sua fé em Cristo por uma fé partidária. A proclamação não é mais a de Cristo, mas de um político. A esperança não está mais em novos céus e nova terra, todavia, em propostas políticas e momentâneas. A disposição que outrora estava voltada para o evangelho, hoje se volta para fins partidários. Diante da política, o cristianismo de muitos tem minguado. Face a face com a política, o cristianismo de muitos tem se tornado ralo, líquido que desce fácil por "canais de esgoto". Onde nós chegamos? Onde vai parar esse cristianismo líquido que fraqueja em época de eleições? Caro leitor, precisamos lembrar que o evangelho não muda com a chegada das eleições.  O cristianismo puro e simples ainda continua sendo o mesmo. A nossa esperança ainda deve estar em Cristo, bem como a nossa proclamação. Hoje em dia, vejo apenas as pessoas comun...

“A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.” (At 2. 32)             As notícias ocorreram em Jerusalém. Foi nesta cidade que Jesus foi preso, julgado e condenado a morte. Em Jerusalém, tanto residentes como visitantes, souberam da crucificação de Cristo. Durante quarenta dias a cidade estava em silêncio, ainda digerindo os acontecimentos da crucificação. Entretanto, o apóstolo Pedro rompe com o silêncio da cidade santa e atualiza o seu jornal. Eles estavam até então coadunados ao jornal da sexta-feira da paixão, contudo, Pedro os entrega o jornal do domingo da ressureição. O apóstolo afirma para os hierosolimitanos que Jesus foi crucificado e morto, porém, a morte não pode segurá-lo, pois Deus o ressuscitou dentre os mortos. Jesus rompeu os grilhões da morte e ressuscitou. A notícia que Pedro entregou a Jerusalém é a que hoje nós celebramos. Não adoramos um cristo morto, mas o Cristo vitor...

No dia 18 de junho 1859, um jovem pastor chamado Ashbel Green Simonton vai ao porto de Baltimore nos Estados Unidos, com o objetivo de embarcar para o Brasil e dedicar a sua vida na evangelização dos brasileiros. Naquele porto, Simonton se despede da sua mãe e seu irmão que o acompanharam até o navio. Sua mãe escreveu em seu diário naquele dia: “É difícil separar-se daqueles que talvez não vejamos mais na terra. Mas quando penso no valor das almas imortais que se estão perdendo pela falta do Evangelho puro... Recomendo você com orações e lágrimas ao Senhor, que tudo faz para o bem”. Simonton chega ao Brasil no dia 12 de agosto daquele mesmo ano e em apenas oito anos organizou a primeira Igreja Presbiteriana do Brasil, fundou a Imprensa Evangélica, que foi o primeiro periódico protestante do Brasil, e criou ainda um seminário teológico. Quando leio esses relatos da nossa igreja, o meu coração arde ainda mais por Deus. Não por causa da igreja em si, mas pelo que Deus tem f...

“ Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração .” (1Sm 16.7)             Vivemos em uma sociedade forjada pelas aparências. Pessoas que transmitem uma realidade na qual não vivem. Alguns aparentam uma vida de paz, todavia, vivem num “pé de guerra” existencial. Outros apresentam uma ardente espiritualidade, contudo, seus corações estão duros como uma pedra. Há aqueles que querem manter o padrão de uma boa vida na rede social, apesar de já terem perdido a vida boa na rede familiar. Como disse o poeta Marcos Almeida: “a cidade está cheia de atores”, de fato, parece que estamos numa ficção onde as pessoas dissimulam a verdade umas com as outras.             Entretanto, Deus vê o coração. As aparências até podem enganar ...

“lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” 1 Pe 5.7             Todos nós passamos por dificuldades. Algumas pessoas passam por dificuldades no trabalho, outras por dificuldades na família. Para alguns falta o pão na mesa, para outros a alegria de viver. Alguns passam por dificuldades existenciais, outros por dificuldades circunstanciais. Em suma, a vida nos revela muitas dificuldades. Contudo, Deus tem cuidado de nós. O Deus que gerou a nossa vida, similarmente, não sustentará a nossa existência? Aquele que começou a boa obra em nós, por ventura não terminá-la-á?  Neste mundo mal devemos erguer nossos olhos para o autor e consumador da nossa fé. Ele nos criou e não tem tirado o seu olhar sobre nós. Deus é atencioso! Ele conhece cada uma de nossas dificuldades, e, mesmo sem percebermos, tem trabalhado atentamente por nós. Considerando tal verdade, entregue a Deus toda a sua an...